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Enviada em: 27/01/2018

Na série espanhola La casa de papel a personagem Mônica, após um relacionamento extraconjugal, encontra-se grávida e decide fazer um aborto ilegal, através da automedicação. Fora do mundo da ficção, no Brasil não é diferente, milhares de mulheres são submetidas a procedimentos abortivos, em situações precárias, colocando em risco sua própria vida.  Além disso, sofrem as consequências psicológicas por terem tomado uma decisão que não é aceita legal, social e religiosamente.        Segundo o Programa Nacional de Aborto, cerca de vinte por cento das mulheres terão realizado um aborto ilegal ao fim da sua vida reprodutiva. Isso quer dizer que um grande número de gestantes têm se submetido a procedimentos abortivos em locais inapropriados, em condições insalubres e sem a estrutura para realização dessa prática. Dessa maneira há um grande risco à saúde dessas mulheres, que podem sofrer de graves complicações, podendo até leva-las a morte.         No Brasil, a legislação vigente só permite o aborto quando há risco de morte para a gestante, em casos de estupros ou se o feto for anencéfalo. Fora esses casos, o aborto é considerado crime, de acordo com o código penal brasileiro. Em virtude disso, as gestações não desejadas são interrompidas de forma ilegal. Adicionalmente, o senso comum e as religiões cristãs apontam essa prática como inadmissível. Dessa maneira, as mulheres desenvolvem transtornos mentais, devido sua decisão em abortar. Seguidamente, ainda corem o risco de desenvolverem depressão pós parto e síndrome pós aborto.         A questão do aborto no Brasil ainda precisa passar por discussões e garantir avanços, enquanto isso, é necessário priorizar a atenção a mulher. O ministério da saúde, deve adicionar programas de saúde pública que acompanhe as gestantes em situação de gravidez indesejada. Para isso, deve-se oferecer um acompanhamento multiprofissional, garantindo boas condições de saúde física e mental das pacientes. Com isso, evita-se as futuras complicações à saúde da mulher e reduz o índice de aborto ilegal.