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Enviada em: 16/02/2018

Os clérigos, na Alemanha da idade média, consideravam o aborto como delito de homicídio. No Brasil contemporâneo,ainda se discute acerca da liberação do aborto, visto que  é permitido apenas em casos de gravidez anencefalia, de risco ou provocado por estupro. Nesta perspectiva, deve-se analisar como as mortes das mulheres ao fazerem aborto clandestino e os dogmas religiosos influenciam na controvérsia da legalização do aborto no Brasil.              A priori, de acordo com a OMS, a cada 2 dias, uma brasileira morre por aborto inseguro.Nesse contexto, mulheres pobres são as que mais sofrem, posto que,ao contrário das bem-sucedidas, estas não tem condições de interromper a gravidez em lugares seguros e com auxílio de profissionais ,desse modo, preferem aderir ao método caseiro, como os remédios abortivos e chás medicinais que podem levar a morte.Assim, é imprescindível legalizar o aborto no Brasil , e o governo investir em acompanhamento hospitalar em todo o processo.          Outrossim, os princípios religiosos dificultam na aceitação da legalização do aborto no Brasil. Nesse ínterim, pode-se exemplificar o Deputado Jorge Madalen,representante da bancada religiosa e relator da PEC 181, que insere no texto que altera a constituição, a dignidade humana desde a concepção, ou seja , que desde a fecundação do óvulo , este tem direito a vida.O supracitado, então, criminaliza o aborto em qualquer circunstância. Portanto, criminalizar o aborto, é retroceder esse direito das mulheres que foi alcançado em 1940.          Por conseguinte, parafraseando Nelson Mandela, são ações positivas as responsáveis pela mudança do mundo. Sendo assim, cabe ao Estado, portanto, legalizar o aborto, além de oferecer serviços psicológicos, para que esta tenha apoio mental para decidir se irá optar por abortar ou não.Em casos que o aborto for confirmado,o estado deve fornecer todo o procedimento com médicos capacitados,com o objetivo de atenuar as mortes de mulheres ao fazer aborto clandestino. Ademais, por meio da mídia, deve realizar campanhas publicitárias, com intuito de pregar o respeito às mães que queiram abortar, independentemente da religião.