Enviada em: 07/03/2018

O aborto no Brasil é um tema que quando em pauta, gera intensos debates. Atualmente, ele é legal nos casos em que a gravidez representa um risco para a saúde da mãe ou é fruto de estrupo. Porém, apesar de legalização parcial esse procedimento é mais utilizado pelas mulheres do que apenas nos casos supracitados. Dessa forma, a legalização total do aborto é uma questão de saúde pública e só não é tratada como tal por conta do conservadorismo vigente na sociedade.       Em primeiro lugar, o aborto é uma questão de saúde pública pela sua incidência . Pois, de acordo com a Pesquisa Nacional de Aborto, um quarto de todas as mulheres terão realizado ao menos um aborto ilícito até atingir a menopausa. Logo, levando em conta esse fato alarmante é possível concluir que a criminalização é uma política que não dá resultados no sentido de impedir que esse procedimento ocorra, mas sim, cria oportunidade para que seja realizado de maneira incorreta e em locais insalubres, o que coloca a saúde da mulher em risco.       O tema aborto causa discussões intensas por consequência do conservadorismo da sociedade brasileira, que se assenta em preceitos religiosos. Pois, no passado, a colonização brasileira teve forte presença da Igreja Católica, por meio dos jesuítas e, durante muito tempo, a religião oficial do Brasil foi essa. Logo, por conta dessa influência, o brasil é um país conservador em que muitos dos seus políticos mais votados possuem ligação com igrejas, o que dificulta que o tema aborto seja discutido de maneira objetiva.        Enfim, para reverter tal cenário, o Ministério da Educação deve estabelecer aulas de educação sexual para os alunos de ensino médio das escolas públicas brasileiras, ministradas por especialistas da área para que, a longo prazo, o país possa discutir com outro olhar a interrupção da gravidez. Além disso, ONGs relacionadas aos direitos das mulheres devem organizar palestras em teatros e espaços abertos, no intuito de esclarecer as dúvidas da população geral sobre o tema.