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Enviada em: 15/03/2018

Nas civilizações Antigas, precisamente no Egito, o ato de abortar ocorria por meio da ingestão de receitas com ervas e era visto como mero meio contraceptivo. No entanto, os referidos povos como Assírios e Babilônicos já preconizavam a ilegalidade do ato se o mesmo fosse praticado com interesses sociais e até políticos. Apesar dos avanços médicos e legais sobre o aborto na contemporaneidade, muitas mulheres fazem uso dos mais diferentes tipos de ações para que possam se “livrar” do feto . Assim, a partir dessa premissa, é extremamente necessário destacar o aumento das clínicas clandestinas que realizam esse crime contra a vida e a venda ilegal de medicamentos abortivos pela internet.       A princípio, é perceptível que a prática do aborto na sociedade não se extinguiu. Prova disso, são as inúmeras mulheres que decidem retirar o ser gerado em locais inapropriados, com profissionais inexperientes , ou seja, na clandestinidade. Tal ação ocorre por causa dos recursos financeiros ínfimos e a ansiedade em resolver rapidamente o problema. Consoante a Pesquisa Nacional do Aborto (PNA) de 2010, realizada pela antropóloga Débora Diniz e pelo sociólogo Marcelo Medeiros, só na cidade de São Paulo há cerca de 1.500 clínicas irregulares que cobram de R$ 4000,00 a R$5.000,00 reais por um procedimento que dará fim a uma vida. Assim, fica claro que esse mercado negro é lucrativo e as clientes são cada vez mais fidedignas.       Outro ponto que merece destaque refere-se à venda de medicamentos abortivos pela internet. Os vendedores sabem da proibição da ANVISA , mas mesmo assim burlam as recomendações legais para obter o lucro. Um dos remédios mais solicitados por gestantes é o Citotec , que é um remédio para úlcera, e em altas dosagens pode ser abortivo. Como é vendido de forma irregular, as mulheres desconhecem suas reações e muitas têm os efeitos colaterais que variam desde hemorragias a morte. Entretanto, a ANVISA juntamente com a Polícia Federal monitora sites para achar os responsáveis e em uma dessas fiscalizações, conseguiram prender uma quadrilha no Mato Grosso em 2016.       Por conseguinte, algo precisa ser feito para resolver esse impasse. O Governo, na figura do Ministério da Saúde (MS), deve ampliar as campanhas contra o aborto ilegal e deixar nítida as formas legais para esse ato no Brasil. Além disso, a ANVISA aliada a farmácias em todo o país pode fixar nos estabelecimentos uma lista de medicamentos que são proibidos e destacar os efeitos para o organismo. Por fim, nas aulas de educação sexual, é de suma importância que os professores destaquem os modos corretos de contracepção com o fito de evitar uma gravidez indesejada. Dessa forma, com essas e outras ações, o quadro reverter-se-á e muitas vidas serão salvas.