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Enviada em: 22/03/2018

Proibir não é sinônimo de cessar    A criminalização do aborto não faz com que esse ato seja erradicado, mas sim que o mesmo continue acontecendo de forma questionável, ocasionando no risco de vida ou no falecimento de mulheres que realizam o procedimento. Além disso, o problema não abrange apenas pontos de vista divergentes, visto que, o aborto, atualmente, tornou-se uma questão de saúde pública no Brasil, sendo a quarta maior causa de morte materna no país, de acordo com a OMS.   Primeiramente, é importante ressaltar alguns aspectos da legalização do aborto, dentre eles, a diminuição da indiferença entre mulheres de classes sociais distintas, ao passo que, as pessoas que possuem maior ascensão na sociedade costumam pagar preços altos pela intervenção, enquanto que a outra parcela está sujeita a todo tipo de agressão física e psicológica a que a situação clandestina lhe inflige.   Em segundo, com a ideia de descriminalização do aborto, novos debates foram abertos, com destaque para a banalização que poderia acontecer após o consentimento da prática abortiva. Contudo, um fato que mostra informações contrárias a essa ideia são os dos países que autorizaram o aborto, como por exemplo à França que segundo dados oficiais, há menos de uma morte por ano no país em consequência da interrupção gestacional.    Desse modo, é possível dizer que o aborto ao mesmo tempo que alivia as mulheres diante da falta de condições ou de preparo para enfrentar uma gravidez, também as crucifica através do preconceito de pessoas que não concordam e das penalizações que estão inseridas no artigo 124 do Código Penal Brasileiro. A partir disso, cabe ao Governo Federal prezar pela saúde e sobrevivência das mulheres que pretendem realizar o aborto, por meio da efetivação da legalização e de investimentos voltados à assistência familiar e a lugares que garantam segurança e confiança as pacientes. Ademais, em relação a figura feminina, é necessário dar ênfase na questão que diz que a mulher possui total domínio sobre o seu corpo e em discussões, sobre esse tema,  que devem ser feitas nas escolas, com o intuito de esclarecer e combater opiniões que vão contra o direito do outro.