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Enviada em: 29/03/2018

A questão do aborto é um desafio para uma sociedade alienada como a brasileira. Isso deve ser enfrentado, uma vez que, diariamente, mulheres morrem ao realizar práticas abortivas ilegais. Nesse sentido, a consolidação do cristianismo aliada a hipocrisia dos governantes são aspectos que influenciam a problemática. É importante elencar, inicialmente, que morrem cerca de quarenta e sete mil mulheres todos os anos devido a falta de recursos para realizar o aborto. Tal fato mostra que mesmo sendo legalizado em casos de estupro, anencefalia, e se oferecer riscos para a mãe, o aborto fora desse contexto irá continuar acontecendo. Por isso, o Estado deve optar por uma política de pró-vida ao invés de pró-nascimento, visto que muitas mulheres não têm condições socioeconômicas de suprir as necessidades de uma criança. Em segundo plano, de acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar munida de generalidade. Nessa perspectiva, observa-se que a discriminação baseada nas doutrinas do cristianismo, a qual abomina práticas abortivas e a maioria das pessoas são adeptas, podem ser encaixadas na teoria do sociólogo, posto que esse modelo de pensamento é fortalecido pelo corpo social e tem como consequência a criminalização de uma escolha peculiar da mulher Infere-se, portanto, que a laicidade do Brasil deve ser levada em consideração em todos os assuntos do plenário. Logo, o Estado deve legalizar o aborto em até três meses de concepção em todos os casos, com o objetivo de garantir a segurança das mulheres ampliando hospitais voltados à saúde da mulher  e tem que oferecer tratamento psicológico após o procedimento. E, ainda, organizar conteúdos educativos que possam ser veiculados pela mídia em redes sociais e canais de Tv aberta, a fim de informar a população sobre a gravidade que o número de mortes anuais de mulheres representa e evitar ofensas à mulheres que já passam por uma situação difícil, mostrando depoimentos de mulheres que vivenciaram a situação.