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Enviada em: 07/04/2018

Ainda que considerada uma prática ilegal, o aborto no Brasil por motivos não respaldados por lei é recorrente. A partir da Revolução Industrial, a mulher percebeu o quão inviável é a divisão de tarefas domiciliares e de caráter profissional. Assim sendo, a ilegalidade não traz resultados eficientes,  visto que, as adeptas à esse posicionamento se opõem a raízes históricas e culturais da sociedade.       Em suma, por conta de uma ideologia cristã provida da colonização portuguesa no Brasil, a mulher historicamente é responsável pelo cuidado doméstico, criação e educação dos filhos. Porém, com a possibilidade de ganho de mercado de trabalho crescente, as mulheres preconizam a vida profissional e se apossam de novas prioridades. Dessa forma, quando há a gravidez indesejada, preferem a interrupção do que no futuro, deixar um filho sem os devidos cuidados.       Aliado à isso, sabe-se que o índice de natalidade das populações pobres é superior às ricas. Tal fato revela a cultura em acreditar que apenas ter filhos biologicamente seja garantia de sobrevivência. Assim sendo, ao pensar no futuro e em um planejamento familiar, as mulheres sabem que é melhor estarem estáveis psicologicamente e profissionalmente antes de optarem pela formação de uma família. Com isso, a contra-posição à uma gestação inesperada, acaba por ser uma medida preventiva aos casos de abandono e negligência às crianças principalmente.       Entretanto, é sabível por todos que as práticas sexuais podem gerar uma vida. Dessa forma, a sociedade civil deve superar tabus relacionados ao uso de métodos contraceptivos para que não haja a banalização da prática do aborto e que à esse sejam recorridos apenas os casos viáveis. Cabe também, ao Estado, potencializar as entregas de "camisinhas" nos postos de saúde e ainda mais, promover campanhas nos veículos de informação à respeito dos riscos à saúde provenientes do ato de aborto. Assim, a questão do aborto no Brasil será ajustada.