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Enviada em: 10/04/2018

Por muitos anos, apesar do constante desenvolvimento científico e tecnológico em diversas áreas do conhecimento, o aborto foi tratado como algo indiscutível. Atualmente, devido à uma abertura social um pouco maior para a abordagem de determinados assuntos, a questão do aborto vem sendo debatida com mais frequência. Porém, infelizmente isto ainda não acontece com a seriedade e delicadeza que merece.     O aborto acontece. Todos os anos no Brasil mulheres de todas as classes e religiões morrem por falta de procedimentos ou tratamentos adequados, em especial aquelas que cometem o ato em clínicas clandestinas ou até mesmo em casa, recorrendo à ajuda de remédios ou objetos que possam interromper a gestação. À vista disso, por mais que este seja garantido pelo Sistema Único de Saúde, é nítido que existe uma falha nas informações ou condições decentes que deveriam levar as mulheres a buscarem profissionais capacitados e hospitais públicos.     Além disso, a ajuda psicológica é necessária. Embora seja uma escolha extremamente difícil, muitas mulheres são levadas a realizar ou não o aborto por pressão, tanto de familiares quanto da própria sociedade, e acabam aguentando tudo sozinhas por conta da visão existente em relação ao aborto e sua criminalização. No documentário brasileiro "O aborto dos outros" de Carla Gallo, por exemplo, são mostradas jovens que tiram o feto por conta própria, e ao chegarem ao hospital para serem socorridas, são algemadas ao invés de receberem o que precisam.    Sendo assim, é indispensável a adoção de medidas capazes de assegurar o auxílio necessário para o maior número de mulheres possível. Cabe aos Ministérios de Justiça e Saúde a implantação e efetuação de leis que garantam o tratamento para pacientes de todas as classes que tomem essa decisão. Ainda, a implantação de palestras e discussões em escolas e espaços públicos pelo Ministério da Educação é essencial para a compreensão, e assim mudança, na forma como tal ação ainda é vista.