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Enviada em: 20/04/2018

Em uma sociedade onde os valores são invertidos e é comum cometer homicídio, roubar e traficar, a questão da legalização do aborto ainda é um tabu. Muitas mulheres morrem no Brasil por serem submetidas a práticas ilegais para a retirada dos fetos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 47 mil mulheres morrem por ano no mundo devido a esses procedimentos. Diante desses dados alarmantes, torna-se ainda mais necessário o debate sobre a questão do aborto no Brasil.   No Brasil, a legislação permite que o aborto seja praticado apenas em casos de estupro, anencefalia e quando há risco à vida da gestante. O problema reside em toda a burocracia que permeia esse processo. As autoridades exigem exames de corpo de delito ou indicação médica alegando a interrupção obrigatória da gestação. Processos como esse demandam tempo e se são aprovados, na maioria das vezes a gravidez já está muito avançada, o que coloca em risco a vida da mãe e do bebê.   Em uma notícia vinculada recentemente, uma mulher cujo bebê tinha uma síndrome rara em que ele se mutilava ainda dentro do útero, teve que sair de seu país para fazer um aborto pois a justiça local proibia a prática nessas circunstâncias. Trazendo para o panorama brasileiro, muitas mulheres não têm condições financeiras de sair do país para realizar o procedimento, desta forma, com o corpo e o psicológico despreparados, elas acabam recorrendo a métodos ilícitos ou tendo os filhos e os deixando à margem da sociedade.   Dessa forma, a questão do aborto no Brasil é um assunto que necessita sem amplamente debatido. Portanto, cabe ao Poder Legislativo flexibilizar as leis acerca dessa prática em âmbito nacional, possibilitando que as mães passem por menos processos burocráticos quando a gestação corre grande risco ou quando a concepção do bebê foi através de uma violação. É preciso também que o Supremo Tribunal Federal vote a favor dessas mudanças para que o número de mortes pelo descaso seja minimizado.