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Enviada em: 17/04/2018

É indiscutível que no meio em que vivemos não temos a liberdade para expressar opiniões, pois muitos assuntos ainda são tabus em nossa sociedade. Um deles, é a questão do aborto.   O aborto atualmente é considerado legal apenas em casos de estupro, feto anencéfalo e caso de risco de morte para a mãe. Muitos ainda partem do princípio que até o terceiro mês de gestação não seria crime. Há ainda procedimentos que são realizados em clinicas clandestinas, quando a gravidez não foi planejada.    Na lei, Código Penal Artigo 124, prevê a prisão de 1 a 3 anos para quem aborta por vontade própria. Especialistas defendem a opinião de que até o décimo segundo mês de gestação, o sistema nervoso do feto ainda não esta formado, não havendo resquícios de de atividade mental ou consciência, levando ao entendimento de que sobre essas circunstâncias, não seria considerado aborto.      Os números de casos pode chegar a um milhão por ano e muitos são realizados em clínicas clandestinas com procedimentos perigosos, podendo sair do controle resultando em grande risco de morte para a mulher. Dados apontam que quase metade dos acontecimentos de aborto no Brasil ocorrem na região nordeste, comprovando que em áreas com baixo nível de escolaridade e informação são onde acontecem a maioria dos casos.   Concluímos que há muito o que fazer antes da legalização do aborto. É de extrema importância que o poder público promova campanhas de conscientização, aumente a educação sexual das crianças nas escolas e ofereça métodos contraceptivos em toda a cidade e postos de saúde. Somente dessa maneira será possível acabar com a pratica criminosa e clandestina, esclarecendo a importância de métodos de barreira antes de realizar o aborto.