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Enviada em: 15/04/2018

Sob as perspectivas filosóficas de São Tomas de Aquino, nenhum modo é lícito de matar um inocente. Nesse contexto, a ilicitude está clara no código penal brasileiro. O aborto é considerado crime no Brasil, salvo, algumas exceções. Entretanto, há uma grande resistência na dicotomia de crenças e valores. Torna-se evidente que essa problemática, vai além das questões morais, é uma questão de  saúde pública.        Em primeira análise cabe frisar, que a igreja ou qualquer outra entidade cristã não consente o aborto. Pois, aceitar, implica-se  definitivamente contrariar os valores e crenças religiosas . No entanto, parte das mulheres não seguem as orientações religiosas e dogmas. Confirma-se isso, pelos dados apresentados pela Pesquisa Nacional de Aborto (PNA), que aponta que 81% das mulheres que fizeram o aborto em 2017, eram cristãs.             A filosofá Simone de Beauvoir afirma que transformar o aborto em crime é uma forma de impor à mulher um sofrimento desumano. Nessa lógica, é notável que a saúde pública é um direito assegurado constitucionalmente a todos, mas não assegura as mulheres quando se trata de decidir manter ou não o feto  no próprio corpo. A descriminação  do aborto, seria uma forma de evitar o lamentável alto índice de mortes maternas decorrentes de abortos inseguros principalmente em populações mais pobres.              Logo, é necessário que o Poder Legislativo, reformule a lei, com a participação de enquetes da população para a descriminalização do aborto. Como também, o Ministério da Saúde em convênios com os Hospitais privados,amplie o atendimento para as mulheres em caso de decisões de aborto consentido, dando assistência  nos procedimentos, assim diminuiria os riscos de saúde á mulher. Além disso,  é fundamental que a sociedade recebam informação o Governo através da mídia televisiva inserir propagandas, de como usar métodos anticoncepcionais. Desse modo, podem decidir o melhor hora ter filhos, refletindo no planejamento familiar.