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Enviada em: 18/02/2019

O genocídio indígena, ocorrido no século XVI, foi uma das fatalidades mais violentas que marcaram a história brasileira. Com isso, é possível perceber que, no Brasil, em pleno século XXI, a questão dos índios continua a ser uma situação alarmante. Diante disso, deve- se salientar que a ambição da sociedade capitalista sobre as demarcações dos povos nativos e a falta de rigidez de políticas indigenistas são fatores que contribuem para a consolidação da problemática, o que implica em um grande desafio a ser solucionado.                Segundo Sartre, filósofo francês, a violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota. Diante dessa perspectiva, é notório elencar que um dos fatores promovidos pelo avanço econômico brasileiro é o aumento nos casos de violência devido as  disputas de terras entre fazendeiros, garimpeiros e grandes latifundiários, que cobiçam as terras indianistas. Essa problemática ocasiona inúmeras mortes, expropriações e explorações dos índios, que, sem amparo legal e social, ficam reféns do avanço capitalista.               Deve-se abordar, ainda, que os índios travam uma luta na justiça para conseguirem reconhecer seus direitos sociais, políticos e econômicos. Embora existam órgãos que auxiliem esse processo, como a FUNAI - órgão indigenista oficial do Estado brasileiro, a qual tem como missão coordenar e executar as políticas indígenas ao Governo Federal, os direitos dos índios são negligenciados em função dos interesses econômicos nas terras. Apesar disso, a Constituição Federal de 1988 revela um grande esforço da Constituinte no sentido de preordenar um sistema de normas que pudesse efetivamente proteger tais direitos.               Infere-se, portanto, que a violência indígena é um mal para a sociedade brasileira. Sendo assim, cabe ao Governo Federal, por meio do poder judiciário, fiscalizar as leis impostas em prol dos direitos indigenistas, afim de atenuar a prática de crueldade aos povos nativos, além de aumentar a pena para quem o praticar. Ainda cabe à mídia, juntamente com o Estado, criar campanhas sobre a valorização cultural indígena, visando a informar a população sobre a importância dos índios para as terras brasileiras. Ademais, a sociedade deve se mobilizar em redes sociais, com intuito de conscientizar os indivíduos sobre os males da devastação do território indígena.