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Enviada em: 24/02/2019

Desde os tempos das grandes navegações e imperialismo europeu, um sentimento de superioridade permeia o homem branco. Com o avanço do capitalismo, a necessidade de um indivíduo se inserir no contexto globalizado aumenta exponencialmente. Nessa perspectiva, ideologias análogas às utilizadas como pretextos no imperialismo do século XIX surgem de modo a incitar a intolerância e ridicularizar aqueles que não se inserem na ideologia socialmente mais aceita. No Brasil hodierno, as inúmeras etnias indígenas sofrem com preconceito e má distribuição de terras, assim como não contam com total poder de fala.       Primeiramente deve-se atentar à repressão histórica suportada pelos indígenas desde o período pré-colonial. Com a chagada dos portugueses na América, os índios foram vistos como sere animalizados e sem uma cultura adequada como a europeia. De maneira semelhante, atualmente, as várias etnias indígenas são entendidas, no contexto de uma sociedade capitalista e tecnológica, como atrasados. Tal fato se reflete em uma  comunidade que não atende às totais necessidades dos grupos indígenas, como maiores fiscalizações de suas terras, assim como o aumento delas e o garantimento do direito de escolha ao que cabe á isolação da sociedade. Ademais, o processo de tomada das terras indígenas, iniciado no século XV, se prolonga até os dias atuais, evidenciado nas poucas reservas indígenas em um país de extensão continental.       Por último, torna-se evidente a persistência de ideologias opressoras até os dias atuais. O conceito de darwinismo social, no século XIX, foi interpretado de maneira a ser pretexto para o imperialismo europeu. Ao passo que delimitava a existência de sociedades mais desenvolvidas e, por isso, aptas a sobreviver, argumentava a favor da exploração e diminuição dos grupos não europeus. De maneira análoga, atualmente as várias etnias indígenas sofrem com ameaças e até ataques por outros que se sentem superiores. Essa forma de pensamento corrobora para uma sociedade de preconceitos e com mais intolerância.       Assim, ao ter por base os aspectos supracitados, é inferível que a sociedade capitalista exclui aqueles que não se adequam ao consumismo, assim como vestígios de ideologias atrasadas ainda permeiam a sociedade. A fim de melhorar o estilo de vida e preservar a diversidade ideológica, faz-se pertinente um maior investimento na educação superior nas áreas de humanas. Desta forma, se criaria profissionais mais aptos a difundir um melhor ensino sobre sociologia nas escolas, formar uma sociedade mais conhecedora das outras etnias, e diminuir a intolerância e ataques físicos. Com isso, haveria também uma pressão social para a maior atenção do governo às necessidades e direitos de todos.