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Enviada em: 19/02/2019

A carta de Pero Vaz de Caminha contava sobre a presença de um povo que, sob os olhares europeus de soberania, precisava ser civilizado: os índios. Estamos enganados se pensamos que não herdamos esse olhar. Nossos colonizadores fizeram o trabalho sujo do genocídio, mas nós contribuímos para que a questão indígena no Brasil tenha se agravado.    Em primeiro lugar, é necessário encarar o fato de que nós ainda pensamos como os portugueses do século XVI. Principalmente quando subjugamos a cultura indígena, considerando-os selvagens e os colocando em segundo plano. Prova disso é o fato de classificarmos, popularmente, nossa língua como oficial, enquanto as deles são dialetos. Assim como a nossa cultura é classificada rica e civilizada, enquanto a deles é considerada folclore por muitos de nós.       Contudo, a questão indígena é mais complexa. Além de tudo, os índios brasileiros ainda têm de lutar pela terra. Isso porque a bancada ruralista do nosso país vem tomando terras indígenas para alocar sua atividade comercial. Essa situação vem dizimando muitas tribos e impedindo o avanço de qualquer tentativa do governo brasileiro ou de ONGs que atuem na questão indígena no Brasil.       A necessidade de reconhecer, portanto, o valor dos nativos é de suma importância para a manutenção da cultura e da história do país. Dessarte, a exigência de que o Ministério da Educação construa um material didático com o objetivo de apresentar os costumes dessa população a todos os brasileiros em idade escolar para que os genocídios sejam reduzidos. Além disso, o governo deve intervir nos conflitos no campo com a finalidade de preservar o meio ambiente, a vida dos índios e reconhecer que a existência deles é tão importante quanto a dos outros brasileiros.