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Enviada em: 21/02/2019

Certa vez, na mitologia guarani, uma indígena viu a deusa da lua em um lago e, encantada, foi atrás dela para cortejá-la. Porém, ao chegar lá, se afogou e morreu. A divindade, entristecida, a transformou em flora e a nomeou vitória-régia. Como o caso do nome dessa planta, símbolo nacional do Brasil, é inegável a importância cultural dos "primeiros brasileiros". Entretanto, hoje em dia, suas sociedades estão tendo seus direitos ameaçado e povos assassinados, sem visibilidade midiática, e isso tem que mudar.       Jair Bolsonaro, durante o período eleitoral, afirmou que se for eleito, "índio não vai ter nem um metro de terra". E ganhou a eleição para o cargo de presidente da república, com 55% dos votos válidos. Seu vice, General Mourão, já tinha afirmado que o brasileiro "puxou", hereditariamente, a indolência do indígena. É notório que ter essa administração no poder -em que todos os membros já, de alguma forma, mostrou afinidade a bancada do agronegócio do Congresso- ameaça o artigo 231 da constituição de 1988. Pior, ter 55% da população brasileira acreditando em tal ideologia, ameaça a existência dos povos nativos.     Em suma, tal artigo -como também a lei 225 do mesmo documento- defende a posse das terras indígenas, e os recursos ambientais nelas, como um direito fundamentalista a sua subsistência. Sendo tais propriedades, de acordo com o site politize, o principal suporte de modo de vida de mais de 300 etnias. Porém, os representantes políticos do agronegócio, tal como a atual administração pública, tem tentado retrucar tais emendas constitucionais. Muita das vezes, como na fala do vice-presidente, caindo em premissas preconceituosas ou em ações mais violentas, o que é manifestado no dado de Violência contra os Povos Indígenas no Brasil (do Conselho Indigenista Missionário) que indica que 1071 indígenas foram brutalmente assassinados nos últimos 30 anos. Apesar de tal dado, entretanto, essas mortes foram parcialmente, ou completamente, neglicenciadas pelas redes de televisão, principal fonte de informação dentre esses 30 anos.        Indubitavelmente, tal desamparo estatal e ameaça do agronegócio é uma ruptura dos direitos humanos universais.  Para tal situação mudar, é necessário, primeiramente, visibilidade midiática, o que pode ser alcançado pelas pessoas já consciente desse tema lutando para tal. Com esse espaço de fala, o povo poderá criar consciência e educar-se, se mobilizando: indo atrás do governo para exigir mudança. Afinal, como Paulo Freire diz, "Educação não muda o mundo, educação muda pessoas. Pessoas mudam o mundo."        hello