Materiais:
Enviada em: 21/02/2019

A chegada dos europeus no Brasil representou uma façanha para os ''descobridores'', pois a colônia dispunha de inúmeros recursos naturais. Em contrapartida, para os índios, essa dinâmica se traduziu numa verdadeira catástrofe decorrente da exploração e dos conflitos. Do passado para o presente esse conjunto de violações de direitos, ainda, persiste e se manifesta não só na ideia de progresso a qualquer custo, mas também na condição de isolamento na qual os índios estão inseridos.   Em uma primeira análise cumpre pontuar a supremacia da ideologia desenvolvimentista. Essa concepção de ''progresso'' se fundamenta nos interesses da bancada ruralista e do sistema jurídico que concede liminares e incentivos fiscais para empresários que atuam no ramo da indústria madeireira, da mineração, e do agronegócio. Entretanto a falta de fiscalização adequada organiza um ambiente propício para quebra de protocolos que impõem limites e estabelece condições para a manutenção da harmonia entre índios e diferentes grupos e a exploração sustentável dos recursos da natureza.   Paralelamente a essa dimensão estrutural, observa-se a condição de isolamento na qual os índios se encontram. Esse traço característico assume uma fator de risco, pois o local onde eles se encontram tem dimensões continentais e são de difícil acesso. Esse fato estarrecedor garante a reiteração de crimes contra os indígenas, pois se apoia na dificuldade de se identificar criminosos que movidos por interesses, utilizam-se do anonimato e da impunidade para atingir seus objetivos.    Sendo assim indígenas compõem um grupo altamente vulnerável. Logo é necessário que o Governo aprove o projeto que garante a demarcação de terras, para que a partir do espaço predeterminado não sejam ultrapassados os limites impostos, evitando assim conflitos. Torna-se imprescindível também a instalação de câmeras de monitoramento integradas à Polícia Federal e demais órgãos competentes para a garantia da fiscalização em territórios indígenas.