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Enviada em: 05/03/2019

Em inúmeras obras da primeira geração do romantismo brasileiro,como "O guarany" e "Iracema",ambas de José de Alencar,a figura indígena foi amplamente exaltada e posta como um exemplo de pureza,ingenuidade e honestidade. Todavia,lamentavelmente, na atualidade,muitas vezes o indivíduo nativo é desrespeitado nos mais variados níveis,dentre o mais comum,existe o desacato no que tange a proteção da demarcação de terras por eles habitadas,já reconhecidas e preservadas por lei. De fato,um grave crime, o qual detém raízes no desconhecimento e desvalorização  de considerável parte das pessoas, na indubitável participação indígena na construção histórica brasileira.     Nesse contexto,é oportuno lembrar que,no Brasil, a primeira população existente relatada foi a indígena,ricamente detalhada na carta de Pero Vaz de Caminha,ao rei de Portugal,D. Manuel. Desse modo,consequentemente,é tida a certeza de que a população aborígene e todos os seus mais variados viéses,são um patrimônio nacional,pertencentes a história brasileira,desde seu início,logo,merece ser cuidadosamente resguardado como tal. Entretanto,essa preservação de sua cultura mediante a proteção de terras, encontra-se,muitas vezes,ameaçada,sobretudo,devido a existência de interesses extrativistas,os quais,certamente,prejudicam a sociedade como um todo,tanto no tocante a poluição e destruição da natureza,quanto ao arrasamento e desaparecimento dessa cultura.     Ademais,cabe analisar que esta problemática é advinda,também,do não cumprimento desses desígnios legislativos de forma eficiente pelo Estado-uma situação destoante da defendida pelo sociólogo Thomas Hobbes,segundo o qual afirmava que a gestão governamental seria a base organizacional da sociedade-dado o fato de que não há a necessária fiscalização dessas terras,as quais,por fim,acabam ficando sucessíveis a ataques e invasões,colocando em risco os habitantes nativos,bem como suas retrospectivas culturas e aspectos de suas trajetórias.      Portanto,sendo a educação o principal alicerce social,cabe ao Ministério da Educação,em parceria com o Ministério da cultura,efetuar campanhas em proteção a cultura indígena por meio da propagação via rádio,Internet e televisão,de comerciais informativos e de cunho educativo,além de conscientizador,acerca dessa temática,informando rapidamente sobre a importância nativa na construção do País,através de breves relatos dos mesmos sobre sua história e tudo o que passam para mante-la na modernidade. Outrossim,o Ministério Público,em conjunto com o Ministério da Segurança,devem promover uma maior  vigilância em tais pontos de proteção governamental,visando fazer valer a lei,intuindo seu cumprimento e a proteção de uma cultura que deu vazão ao surgimento do Brasil atual: a indígena,em suas mais variadas formas.