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Enviada em: 05/03/2019

Operando conforme a primeira lei de Newton, a lei da inércia, a qual afirma que um corpo tende a permanecer em seu movimento até que uma força suficiente atue sobre ele mudando de percurso, o assunto sobre o indígena no brasil é um problema que perdura na sociedade a algum tempo. Diante disso ao invés de funcionar como força suficiente para mudar o problema de percurso, a combinação da lentidão na demarcação das terras e o desrespeito ao direito dos indígenas sobre a terra, contribuem para situação atual.       Indubitavelmente, a lentidão na demarcação das terras indígenas abre espaço para invasões possessórias, exploração ilegal de recursos naturais e danos diversos ao patrimônio, exemplo disso é a tragédia noticiada pelos meio de comunicação que ocorreu em 2016 no município de Caarapó, no estado do Moto Grosso do Sul, que ficou conhecida como o "massacre de Caarapó", 13 pessoas ficaram feridas e o assassinato de Clodiodi Aquileu ocorreu em meio a um ataque violento a comunidade Tey'i Kue, do povo Guarani-Kaiowá, em uma retomada da fazenda Yvu, isso ocorreu sobre a terra indígena que estava no processo de demarcação. Assim a lentidão no processo de demarcação contribui para o cenário atual da persistência na situação dos indígenas no brasil.       Além disso, o desenvolvimento econômico e megaprojetos como a construção de hidroelétricas e barragens, têm ameaçado os direitos dos povos indígenas. O governo deve assegurar que qualquer projeto de desenvolvimento que tenha impacto sobre as comunidades indígenas seja feito com o seu conhecimento e consentimento. A construção da hidroelétrica de Belo Monte é um exemplo da falta de diálogo e respeito aos indígenas, o empreendimento tem impacto direto sobre o meio ambiente e meio de vida das comunidades indígenas, provocando o deslocamento de comunidades inteiras. Desse modo torna-se realmente inevitável a mudança de percurso, da situação dos indígenas, da persistência para extinção.       Em suma, torna-se evidente a necessidade de uma tomada de medidas que realizem a mudança do percurso. O Estado deve direcionar recursos suficientes para que a Fundação Nacional dos Índios - FUNAI consiga promover o estudo de identificação e delimitação, demarcação e registro das terras indígenas e deve ainda fiscalizar esse órgão para que atenda os prazos estipulados. A FUNAI com parceria com a polícia do estado deve promover a segurança e integridade física dos povos indígenas. Além disso, o governo junto com a FUNAI deve certificar que empreendimentos que ofereça riscos ao meio ambiente e meio de vida dos índios sejam desaprovados, a fim de proteger os costumes, língua, crenças e tradições dos indígenas, contribuindo para consolidação do estado democrático e pluriétnico.