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Enviada em: 08/03/2019

Quando os Portugueses chegaram à costa ocidental do Atlântico e iniciaram a colonização do território que mais tarde se tornaria o Brasil, encontraram diversas populações nativas, de várias etnias. Apesar de ter ocorrido miscigenação em algum nível, há um importante contingente de indígenas que nem foram culturalmente absorvidos nem têm suas especificidades sócio-culturais respeitadas.    Uma parcela das tribos indígenas que resistiram vive em terras indígenas, demarcadas, na Amazônia ou em outras áreas de floresta espalhadas pelo Brasil. Apesar de haver a demarcação e a destinação formal do território, os índios são fustigados amiúde pela ação de produtores rurais, madeireiros ou mineradores.     As áreas demarcadas concentram-se fortemente na região amazônica. Isso não condiz com a distribuição dos grupos indígenas pelo país. Dessa forma, falta território para os grupos de índios que estão em outras regiões.    Há também um contingente de índios habitando regiões mais urbanas do país. Eles convivem com a marginalização decorrente tanto da discriminação étnica quanto da pobreza determinada pelos processos históricos que alijou-os dos seus arranjos sócio-culturais tradicionais e, por outro lado, não integrou-os aos processos de produção de riqueza que surgiram.     À luz de princípios constitucionais como aquele que declara que "todos são iguais perante a lei", deve ser implementada uma política indigenista capaz de (i) garantir a proteção dos índios nas reservas já demarcadas, (ii) promover a demarcação de novas áreas, a fim de garantir que a distribuição de áreas demarcadas pelo país seja adequada à distribuição dos grupos indígenas, (iii) educar a população não índigena sobre a questão em tela, para romper as barreiras culturais que causam muito preconceito.