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Enviada em: 29/03/2019

Em meados do século XIX, durante a primeira fase do Romantismo no Brasil, o surgimento do pensamento nacionalista-ufanista fez com que os escritores buscassem formular uma ideologia típica brasileira, desviando dos moldes europeus, surgindo, portanto, o movimento Indianista. Na qual, ‘modula’ o índio como um símbolo de heroísmo nacional. Contudo, a preservação da figura do ‘bom selvagem’ foi passageira, visto que atualmente as questões indígenas vêm se agravando. Sob essa ótica, são fatores que contribuem para essa problemática o preconceito, bem como a depreciação do patrimônio indígena.  Á priori, é fulcral destacar que o preconceito contra o indígena é uma realidade existente desde o descobrimento do Brasil. Tomando sob perspectiva, a imagem dos nativos construída por Pero Vaz de Caminha, na qual declara a existência de um povo que necessitava ser catequizado e educado. Nessa perspectiva, nada se difere dos tempos hodiernos, pois, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE) cerca de 49 % da população indígena que migraram para o meio urbano ocultam suas ancestralidades, as culturas e as religiões por medo de represálias e preconceitos. Logo, em decorrência dessas retaliações, os índios enfrentam dificuldades de viver nas cidades.   A posteriori, é pertinente analisar que a migração indígena é uma realidade existe no Brasil. Uma vez que a quebra do ideal nacionalista ocasionado por interesses capitalistas – avanço territorial, produção agrícola e extrativista – gera o fluxo migratório dos nativos em busca de melhores qualidades de vida. Nessa lógica, a desvalorização da cultura indígena, em virtude das demarcações de terras, propícia o esquecimento de um povo, na qual apresentou um importante ‘valor' para a construção histórica do Brasil. Sob tais circunstâncias, é crucial destacar as falhas dos programas que buscam dirimir as questões sociais desse povo, como o museu indígena, no Rio de Janeiro, na qual expulsou os índios que viviam na região, refletindo, portanto, que tais iniciativas são apenas uma forma de ‘mascarar’ o problema em questão.  Em suma, faz-se imprescindível a tomada de medidas atenuantes ao entrave abordado. Posto isso,  concerne ao Estado, mediante aos Ministérios da Educação e Cultura, prover planos que visem mitigar os casos de preceitos indígenas. Tal projeto deve ser instrumentalizado na educação brasileira, por meio de palestras e ensinamentos da cultura nativa, mediadas por ONGs defensoras do povo em questão, objetivando a inclusão social dos índios. Além disso, cabe ao Governo, por meio da Fundação Nacional dos Índios, assegurar as demarcações das terras indígenas, através de ações fiscalizadoras. Dessa maneira, estar-se-ia assegurando os direitos – presente na constituição – de uma população.