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Enviada em: 15/03/2019

Estima-se que antes da chegada dos portugueses aproximadamente 5 milhões de índios habitavam as terras brasileiras. Com os diversos conflitos e as doenças trazidas pelos brancos, esse número reduziu drasticamente. Muito embora os colonizadores sejam responsáveis pelo genocídio, a sociedade brasileira contemporânea também "suja suas mãos de sangue" ao estender o descaso com as questões indígenas. É fato que o preconceito com o povo indígena é histórico, o imperialismo português subjugou a sua cultura e modo de vida aos seus ideais etnocêntricos, atos que são visíveis até os dias atuais quando se associa a imagem do índio a preguiça e a incapacidade de se adequar à vida urbana sem deixar de lado suas origens, ou seja, o índio só é visto como um, caso esteja na tribo, vivendo apenas da caça e pesca.  Esse preconceito também se manifesta na negligência e negação dos direitos indígenas manifestados nos processos de paralisação de demarcação, despejos e os impactos causados pelos projetos do agronegócio ou de infraestruturas dentro ou próximo a territórios desse povo. Essas terras são imprescindíveis à garantia sociocultural dos índios e embora muitas sejam garantidas pela lei e fundações como a FUNAI, ainda, são alvos de atividades garimpeiras ilegais. Dessa forma, é inegável como a visão colonizadora afeta os índios até os dias atuais. É necessária uma maior atenção das autoridades federais na proteção das tribos, agindo mais ativamente nessas zonas, garantindo sua segurança e impedindo a exploração dessas áreas, além da maior valorização da cultura por parte das escolas, ONG's e mídia, de modo que a população brasileira possa desenvolver um maior sentimento de identidade com aqueles que são, também, matriz do povo brasileiro.