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Enviada em: 09/03/2019
No Período Colonial, Pero Vaz de Caminha escrevia o primeiro documento da história do Brasil, citando um povo que, segundo ele, precisava ser civilizado: os índios. As marcas desse pensamento podem ser vistas té hoje em casos como a violência contra indígenas e o descuido das entidades governamentais. É, portanto, de suma importância a discussão e, posteriormente, a resolução de entraves vinculados a questão. Em primeiro lugar, temos o problema do preconceito que resulta em uma visão demasiada a respeito da atual realidade dos índios no Brasil. De fato, a questão se relaciona com o pensamento de Agnes Heller: a função do preconceito é manter a estabilidade e a integração de um grupo, monopolizar os direitos e privilégios de uma classe dominante. Um exemplo disso é a violência sofrida por indígenas, produto do desconhecimento do legado cultural e histórico de um povo.Nessa situação, o preconceito sustenta a visão de Pero Vaz - fato tão excludente e grave quanto no Período Colonial, apenas de maneira dissimulada. Outro desafio enfrentado é a inobservância do Estado, uma vez que o governo nem sempre utiliza dos mecanismos de justiça para assegurar os direitos, fato evidenciado nos últimos trinta anos, onde mais de mil índios foram assassinados no país. A Constituição Cidadã, no artigo 5º, determina que todos são iguais perante a lei. A citação confirma a ineficiência estatal, agravando a questão vivida por tal minoria. Desta maneira, para atingir de maneira hábil as necessidades do grupo indígena, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) deve ser auxiliada pelo Ministério da Educação e Cultura na promoção dos direitos básicos como: Educação, saúde e saneamento, além da preservação do legado cultural e histórico. As instituições de ensino devem promover aulas e palestras para a comunidade em geral, de preferência em seus horários livres, demonstrando a importância das tribos indígenas e porquê respeitá-las. Tudo isso a fim de melhorar substancialmente as questões enfrentadas pelo grupo.