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Enviada em: 10/03/2019

A chegada dos portugueses ao Brasil foi conjunta a do etnocentrismo. A crença na superioridade de culturas perante outras é o que leva o país, desde 1500, a subjulgar e negar direitos aos indígenas. Além disso, a falta de empatia gerada por esse fator torna a sociedade, no geral, indiferente a eles; fomentando o problema. A demarcação de terras, direito constitucional, foi confiada ao Ministério da Agricultura pelo atual presidente, o que prioriza os interesses do setor nas delimitações. Como dito por Einstein, a anarquia econômica da sociedade capitalista é a verdadeira fonte dos males. Portanto, a exploração dos recursos naturais é o fator levado em conta nessas, ao invés da garantia da diversidade cultural e étnica, função constitucional das demarcações. Além disso, esse povo é ainda menosprezado pela maior parte dos brasileiros. Segundo o relatório Violência Contra os povos Indígenas no Brasil, 1.071 foram assassinados nas últimas décadas, além de terem perdido terras. E apesar do alto poder de realizar movimentos, divulgar fatos e gerar mobilizações, obtidos com a Terceira Revolução Industrial, a população se isenta de reagir e de levá-los em conta ao eleger representantes. Logo, os danos aos indígenas são fomentados pela indiferença da população. Portanto, é necessária uma nova postura política e social a respeito dos indígenas. Para tal, o presidente deve conferir a gestão da demarcação de terras à Fundação Nacional do Índio, que a fará em virtude de seu intuito na constituição ao invés de basear-se em interesses financeiros, como o Ministério da Agricultura. Ademais, é necessário que o Ministério dos Direitos Humanos faça uma campanha em parceria com a mídia para que a sociedade seja induzida ao relativismo cultural, para passar a aceitá-los como parte dela, e assim, reclamar o que é devido a eles. Dessa forma, haverá espaço e paz para a existência dessa etnia, que há mais de 500 anos é devastada.