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Enviada em: 12/03/2019

Segundo o pensamento do filosofo George Santayana, a falta de observação de imbróglios do passado impede o progresso. E quando se observa a questão indígena no Brasil verifica-se que essa máxima comprova que desde tempos passados o mesmo assunto tende a ficar em segundo plano. Nesse contexto, torna-se claro o desinteresse de certos setores, bem como a motivação econômica sendo impulsionadora dos problemas em relação aos povos nativos.     É indubitável que a falta de interesse de setores governamentais esteja relacionada com a questão. Na obra “Modernidade Liquida” de Zygmmunt Bauman o autor ressalta a falta de empatia como marca preponderante da civilização atual. De forma análoga, é possível perceber que quando os indígenas estão a mercê da exploração seja sexual ou do trabalho, além de doenças graves, e nada e feito a respeito, o tal desinteresse é notado.   Outro ponto relevante, é a motivação do lucro como outro fator mobilizador da questão indígena no país. Um exemplo disso é a luta da bancada ruralista contra a demarcação de terras, através do argumento de um possível efeito negativo sobre a agricultura e as atividades de exploração da madeira. Linha de raciocínio essa contrária a Politica Aristotélica, a qual buscava preservar os direitos individuais, sendo assim é notável que apesar da oposição a demarcação é um direito dos indígenas.    Destarte, mediante o exposto, torna-se de extrema importância a urgência de medias que visem a solução da questão indígena no Brasil. Para que isso ocorra o Ministério da saúde deve promover uma maior atenção aos povos nativos, por meio de unidades de assistência nas reservas, com o objetivo de auxiliar seja medicamente ou juridicamente, garantindo assim que os mesmos não sejam abandonados. Além disso a FUNAI pode pressionar a bancada ruralista, por intermédio de ações no Ministério Público, com a intenção de garantir a demarcação, afim de proteger os índios do interesse do lucro agrário. A partir dessas ações, poder-se-á solucionar a questão e dar orgulho a Santayana.