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Enviada em: 22/03/2019

Consequentemente, mesmo diante da enorme necessidade de luta pelas garantias dos povos tradicionais - mais de mil assassinatos de indígenas foram registrados nos últimos trinta anos -, perpetua-se, na sociedade, a "Cegueira Moral", de Bauman, segundo a qual reside na população um olhar nulo concernente às necessidades do outro, o que afeta demasiadamente na asseguração dos direitos deste. Destarte, tal quadro apenas pode ser transformado através da educação, pois esta é uma importante ferramenta para a renovação de ideias e mudanças de postura diante das diferenças, incitando a valorização de outras culturas reavivando a visão de José de Alencar, em "O Guarani", do índio como herói, conforme a escritora Helen Keller, "o resultado mais sublime da educação é a tolerância".      É evidente, portanto, que, para vencer os desafios da questão indígena no Brasil contemporâneo, necessita-se da atuação do Poder Público e da educação. Logo, urge que o Estado, através de investimentos ao Ministério da Justiça e a entidades como o Iepé (Instituto de Pesquisa e Formação Indígena) garanta uma fiscalização mais rígida do cumprimento dos direitos dos povos indígenas como desregularização de territórios, segurança e educação, com grupos de pesquisa e apoio em núcleos de moradia desses povos tradicionais, com o intuito de garantir cada vez mais o cumprimento dos seus direitos. Mais: o Ministério da Educação deve promover o ensino da valorização dos povos indígenas por meio de projetos e campanhas escolares evocando profissionais e estudiosos dessas culturas para orientar a população desde jovem, a fim de engajar a valorização de diferentes etnias.