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Enviada em: 23/03/2019

Falar sobre os índios no Brasil nos transporta ao período da Colonização brasileira. Percebemos um povo que resiste e luta pela preservação da sua cultura, não apenas pelo genocídio sofrido, mas pelo contínuo desrespeito, pouca visibilidade e apoio. Mesmo depois de mais de 500 anos a questão indígena no Brasil contemporâneo continua marcada por disputas territoriais. É preciso desconstruir a ideia dos índios como indivíduos que vivem em ocas no interior da Amazônia e desvendar os olhos para entender as questões que envolvem, nos dias atuais, as organizações sociais pré-colombianas. Estas, tiveram os seus direitos negados desde a constituição de 88 que previa a conclusão da delimitação das terras indígenas até 1993. Apesar de a constituição garantir aos índios a posse permanente das terras tradicionalmente ocupadas, assim como, o uso dos recursos naturais que nelas existem (art. 231), tais direitos não são obedecidos. Sem as terras devidamente demarcadas, muitos indígenas são expulsos dos locais em que vivem e estes territórios transformam-se em grandes latifúndios agrícolas. Diante disto, a situação do índio contemporâneo no Brasil é reflexo de um padrão histórico de negação de direitos. É necessário muito mais que se intitular como um país democrático. O governo precisa assegurar as conquistas das sociedades indígenas e cabe a justiça desenvolver uma fiscalização eficiente para garantir que a constituição seja obedecida. As escolas exercem um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa, apresentando e discutindo a realidade do índio brasileiro que segue na luta por voz e por terras.