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Enviada em: 31/03/2019

Há 500 anos, desde à colonização portuguesa, fez-se uma imagem equivocada dos primeiros nativos do país: os índios. A situação indígena mesmo após meio milênio, infelizmente, continua com leitura equivocada do que o índio e sua cultura representa. Há escassez de representatividade desses povos na política, na mídia e nas universidades. Ademais não existe interesse em tornar a ancestralidade indígena um tema respeitado.    Desde o começo da história do país, foi feito uma imagem de inferioridade no que concerne à inteligência, trabalhabilidade e inclusão do índio, de modo que reflete na representatividade do índio no Brasil hodierno. Há uma lacuna no que se refere à voz indígena nas universidades, mídia e, principalmente, na política, degrau que já foi avançado por outros, também nativos brasileiros, como afrodescendentes, todavia, nota-se deficiência do índio avançar ainda mais.     É certo que não há no Brasil interesse em preservação de sua ancestralidade indígena, pois, é notório a descriminação por parte da população urbana para com esses povos. O Conselho Indigenista Missionário (CIMI), constatou em 2014 um aumento de 42% nos homicídios de indígenas no país. Por outras palavras, não existe por parte do brasileiro conhecimento e respeito acerca de sua história e ancestralidade, tampouco demonstra interesse em preservação do povo indígena, suas terras e sua cultura.          Em síntese, é notório a deficiência do povo indígena para construir seu espaço em sociedade mesmo após 500 anos de imposição cultural e religiosa. É preciso que haja inclusão do índio no mercado de trabalho, por meio de vagas oferecidas pelas mesmas e aprimoramento do sistema de cotas nas universidades e partidos políticos, bem como representatividade na mídia. É imprescindível que os primeiros nativos das terras brasileiras sejam representados e respeitados.