Enviada em: 07/04/2019

No capítulo VIII - "Dos Índios" - presente na Carta Magna Brasileira, listam-se os direitos constitucionais dos nativos. Por esse ângulo, os indígenas teriam assegurados por lei: respeito à sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições. Contudo, o cenário hodierno denota, que os aborígenes da nação, além de sofrerem preconceitos relativos à sua organização sócio-cultural, são vítimas da imposição do "modus operandi" contemporâneo.       Durante o século XVI, com o estabelecimento do Governo-Geral, chegara ao Brasil os Jesuítas - Padres Católicos moldados pela filosofia judaico-cristã - com a missão de catequizar os nativos. Nesse ínterim, destacou-se o jesuíta Manuel da Nóbrega, que fundou os aldeamentos - centros focalizados na aculturação dos índios - para fazer predominar a religião e costumes dos europeus em solo Sul-Americano. Todavia, o que devia consumar-se apenas nos fatos do passado, é vivenciado nos dias atuais. Segundo dados do IBGE: cerca de  315 mil indígenas moram em centros urbanos no anonimato, ocultando sua ancestralidade e referências étnicas. Nessa perspectiva, nota-se que o aborígene é vítima de um racismo histórico. Uma vez que, sendo considerado inferior por uma classe dominante, deve moldar-se ao padrões sócio-culturais do meio ao qual está inserido.       Outrossim, do período Pré-Colonial a 3° Revolução Industrial, as organizações sociais sofreram drásticas mudanças. Inclusive à indígena, por exemplo, é comum nos dias atuais algumas aldeias conterem recursos eletrônicos, como: televisores, antenas parabólicas, internet... Órgãos como a FUNAI - Fundação Nacional do Índio - tem lutado para incentivar de maneira opcional, por parte do nativo, a inserção do indígena na sociedade globalizada. Entretanto, a expansão do Agronegócio, juntamente, com a bancada ruralista - frente parlamentar que defende interesses de investidores rurais - tem forçado este processo. Pois, de maneira similar aos portugueses do Brasil Colônia com a formação dos latifúndios, os ruralistas defendem a apropriação das terras aborígenes para expansão da agricultura. O que é um ultraje, em razão de que, os nativos da terra são os verdadeiros proprietários.       Em síntese, o índio no Brasil necessita ser respeitado e resguardado, pois é patrimônio vivo da história brasileira. Dessa forma, a FUNAI em parceria com a empresa Youtube, deve inserir campanhas publicitárias na internet, criando vídeos conscientizadores sobre a importância do índio na formação sócio-cultural brasileira. Para que dessa forma, rompa-se de vez com o racismo em relação aos nativos. Visando melhor proteger os índios, o Ministério da Justiça com auxílio da FUNAI, deve criar uma polícia especializada na defesa de grupos indígenas; com a criação de delegacias específicas e núcleos de atendimento, para assim recolher denúncias e combater a ação do crime sobre essa minoria.