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Enviada em: 17/04/2019

De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, nas sociedades tradicionais, como as indígenas, por exemplo, a integração social se solidifica por meio das crenças e costumes desses povos, e não ocorre a divisão do trabalho, sendo coletivista. No entanto, com o advento da industrialização, surgiu a sociedade orgânica, na qual acontece o parcelamento laboral, e se caracteriza por ser individualista, a qual ocorre no território brasileiro. Logo, como efeito desse individualismo, as sociedades indígenas(tradicionais) são esquecidas no âmbito político e social, e são gatilhos para a causa a exploração econômica e a ineficiente atuação governamental.  No que concerne ao abuso econômico, o sociólogo Zygman Baumant afirmou que na coletividade contemporânea, as relações sociais são determinadas pelo capital. Sob esse ponto de vista, pode-se afirmar que o usufruto das terras tupiniquins para satisfazer as necessidades consumistas e acumular capital, expões esse grupo a uma situação fragilizada socialmente. Sendo assim, a população de origem do país está marginalizada politicamente, haja vista que a invasão de terras para a exploração econômica, visando o ajuntamento de capital, que é prioridade na sociedade contemporânea, configura um descaso com o grupo.  Outrossim, a ineficiente atuação do Estado corrobora o empecilho. Segundo o Estatuto do índio, é dever do Estado salvaguardar os direitos dos índios de praticar seus costumes e assegurar a proteção das terras que habitam para desenvolver suas atividades. Contudo, sabe-se que na prática isso não ocorre totalmente, dado que a precária fiscalização nas localidades indígenas tem como efeito os casos de violência direcionados a este grupo, e as invasões e consequentes explorações das terras tupiniquins. Dessa forma, é perceptível que o Estado não atua como deve; ademais, a Funai, órgão responsável por demarcar, fiscalizar e proteger  as terras indígenas não atua de forma plena e efetiva.  Em síntese ao exposto, urge a necessidade de atuação do Estado e da escola para solucionar a questão indígena vigente. O Estado, em parceria com o Poder Executivo, e por meio da Funai, deve suplementar a proteção dos povos aborígenes com as políticas já pré-determinadas pelo órgão e pelo Estatuto do Índio, objetivando pôr fim aos casos de invasões das localidades indígenas e nos casos de violência destarte, a escola, incentivada pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, deve realizar projetos com o corpo estudantil sobre a população aborígene, delineando fornecer o conhecimento sobre os costumes e atividades dessa comunidade, e por fim, alcançar o respeito. Dessa forma, poder-se-ia reverter, de forma gradativa, a questão indígena no país, e por conseguinte, salvaguardar os direitos dessa importante comunidade na história de formação brasílica.