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Enviada em: 17/04/2019

Na tão lembrada Carta de Pero Vaz de Caminha,o escrivão mais famoso da nossa história contava sobre a presença de um povo que,sob os olhares europeus de soberania,precisava ser civilizado:os Índios.Estamos enganados,porém,se pensarmos que não herdamos esse olhar.Nossos colonizadores fizeram o trabalho sujo do genocídio,mas nós contribuímos para que a situação não pudesse ser revertida. É preciso fazer o caminho inverso ao que trilharmos um dia e repensarmos a nossa posição de soberania.   Em primeiro lugar,é necessário encarar o fato de que nós,os brasileiros do século XXI,ainda pensamos como os portugueses do século XVI quando subjugamos a cultura indígena.Ainda hoje,nos colocamos no centro,e a eles como bárbaros,mais de 300 anos após a colonização.Prova disso é classificarmos,popularmente,nossa língua como oficial,enquanto as deles são dialetos.Hoje,cabe uma crítica ao estigma de índio idealizado que aparece,por exemplo,em Iracema,obra de José de Alencar,mas que permanece até hoje no nosso imaginário.   Além disso,uma das questões geográficas mais polêmicas no espaço brasileiro é a dos territórios indígenas.Em 2013,dos 34 assassinatos em conflitos por terras 15 eram índios.Segundo a Constituição Federal,todas as áreas permanentemente habitadas pelos índios,sendo elas utilizadas para suas atividades produtivas e para a preservação de suas culturas e tradições,são consideradas terras indígenas.Entretanto,a bancada ruralista vem tomando essa terras para alocar sua atividade comercial,como a agricultura e a pecuária.Essa situação vem dizimando muitas tribos.  Diante disso,para garantir a sobrevivência dos povos indígenas e suas tradições,é necessário proteger suas áreas demarcadas.Para tanto,é necessário que o governos impeça a agricultura e a pecuária de avançar para as terras indígenas,garantindo a vida e o sustento desses povos.Logo,fica mais fácil conservar a sua cultura através dos trabalhos das ONGs brasileiras.Assim,sanaremos a divida dos nossos colonizadores.