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Enviada em: 20/04/2019

Os poetas da primeira geração romântica do Brasil (1836 a 1852)  possuíam como principal característica o nacionalismo exacerbado. Por conta disso, o índio era amplamente idealizado e retratado como um mítico herói nacional. Hodiernamente, entretanto, os aborígenes vem sofrendo diversos preconceitos e sendo negligenciados pela sociedade e pelo Estado. Nesse sentido, deve-se observar como a herança sociocultural e o avanço do agronegócio contribuem para o problema e como resolvê-lo.     É preciso analisar, antes de tudo, como a reprodução da versão Eurocêntrica da história contribui para a manutenção de preconceitos. No ano de 1576, após o Brasil ser descoberto, o cronista português Pero Magalhães Gândavo disse que a língua que usavam por toda a costa carecia de três letras , não se achava nela F nem L, nem R, coisa digna de espanto por que assim não tem Fé , nem Lei nem Rei. Nesse trecho, o cronista demonstra sua visão etnocêntrica acerca da cultura e dos costumes dos aborígenes, realçando a ideia de superioridade Européia. Vestígios dessa hegemonia ainda vigoram no Brasil, visto que índios são diariamente excluídos e vivem á margem da sociedade.     Ademais,deve-se observar como o avanço do agronegócio agrava a problemática. Com a ampliação das práticas capitalistas nas quais busca-se o lucro acima de tudo é preciso produzir sempre mais. Nesse sentido, as terras indígenas são vistas pelos latifundiários como locais improdutivos e sem uso. Apesar disso, a demarcação das terras indígenas são garantidas pela constituição de 1998, só que como não há fiscalização, as propriedades dos aborígenes vem sendo constantemente invadidas e estes são expulsos de suas terras e afastados do que é deles por direito.     Fica claro, portanto, a necessidade de resolver a problemática. Para isso é preciso que o Ministério da Educação em parceria com escolas leve para os alunos, por meio de palestras com Pajés por exemplo, a versão indígena da história do Brasil para assim quebrar mitos e desenvolver na nova geração um sentimento de empatia pelos aborígenes. Ademais , a  FUNAI deve fiscalizar e proteger a demarcação das terras indígenas para garantir-lhes os seus direitos. Só assim, o índio voltará a ser valorizado e respeitado no país.