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Enviada em: 26/04/2019

Com a colonização portuguesa no Brasil, houve um grande genocídio indígena, o qual reflete na situação vigente desse grupo étnico. Nesse contexto, apesar de hodiernamente existirem leis que protegem os índios, eles ainda sofrem com invasões e preconceitos difundidos herdados do período anterior, seja pela ineficiência do governo, seja pela hereditariedade de comportamentos sociais. Dessa forma, faz-se necessária a discussão acerca da problemática que se configura um mal a ser resolvido.       Precipuamente, é válido apontar a raiz do problema na influência exercida pela sociedade sobre o indivíduo. Segundo o filósofo Jean-Jacques Rousseau, “O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe”. Sob essa perspectiva, muitos jovens crescem em ambientes familiares carregados de valores preconceituosos e discursos de ódio associados aos costumes indígenas, os quais são tomados como verdade pelos pequenos, de forma a perpetuar tais princípios negativos enraizados no tecido social. Em consonância com esse cenário, o Conselho Indigenista Missionário divulgou que, nos últimos anos, os índios foram alvos de mais de mil assassinatos violentos. Essa conjuntura gera prejuízos aos grupos abordados, haja vista que dificulta sua integração social, de modo a deixá-los ainda mais à margem da sociedade.        Ademais, outro aspecto agravante do quadro exposto é a falha atuação estatal. A Carta Magna brasileira garante direitos iguais a todos os cidadãos. No entanto, a realidade do país vai de encontro a essa premissa, visto que ampla fatia da sociedade não usufrui dessa isonomia, no que tange à proteção da propriedade privada. Diante da inobservância dos governantes, vários povos nativos são alvos de invasões aos seus territórios, principalmente, por grandes produtores agroindustriais, o que acarreta, além de prejuízos naturais, a diminuição das já escassas populações do público citado, devido aos conflitos armados. Tal fato institui um panorama de risco de extinção da cultura nativa e, consequentemente, o empobrecimento sociocultural do Brasil, de maneira antagônica ao progresso pátrio.        Por tanto, as mazelas enfrentadas pelos índios se mostram como barreiras a serem superadas. Para isso, é preciso que o governo, com o auxílio das Forças Armadas do país, intensifique as fiscalizações nas fronteiras das reservas indígenas, com o intuito de garantir o direito constitucional das populações nativas ao território, assim como a preservação das suas ricas culturas. Por fim, é necessário que as escolas, por meio de palestras e afins, disseminem o pensamento tolerante aos alunos e seus familiares, para que respeitem as diferenças das pessoas, da mesma maneira que suas etnias, pois como disse Immanuel Kant, “O homem é o que a educação faz dele”.