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Enviada em: 13/05/2019

“Mas o Brasil vai ficar rico, vamos faturar um milhão quando vendermos todas as almas dos nossos índios num leilão”, esse é um dos trechos da música “Que País É Este” da banda nacional “Legião Urbana” e se engana quem acha que o pensamento descrito na música diz respeito somente ao período da colonização brasileira, o qual os portugueses invadiram e tomaram tais terras, escravizando os nativos, já que, atualmente, os índios ainda sofrem as consequências desse ato.   Pode-se citar então, o maior conflito em que as tribos estão envolvidas hoje em dia: a falta de demarcação de suas terras. A bancada ruralista pede que as terras indígenas, que eles intitulam como “improdutivas” (o que já mostra um preconceito enraizado em sua fala), seja passada para eles, ou seja, para a agropecuária. Para entender o quão nocivo é isso, deve-se lembrar do caso da tribo “Guarani-Kaiowá” que perderam praticamente toda sua extensão de terras para a bancada e hoje, trabalham na condição de escravos nos latifúndios para sobreviver, a partir desse caso diversos intelectuais e tribos começaram a mobilização social, nomeada “Demarcação Já!”, em busca de seus direitos.   Contudo, a questão da demarcação de terras é mais complexa, já que, ela abre espaço para duas importantes vertentes: a perda de cultura e o genocídio indígena. Segundo dados do IBGE, em 1500 havia uma média de cinco milhões de índios no território brasileiro, já em 2010 totalizaram oitocentos e dezessete mil índios, o que mostra o grande genocídio que continua acontecendo, isso apresenta como uma de suas consequências, a grande perda cultural que o Brasil sofre, perde-se tristemente, a história do país.   Conforme fatos supracitados, torna-se claro que mudanças tem de acontecer para a preservação desses povos. A FUNAI (Fundação Nacional do Índio) em conjunto do Ministério Público deve agilizar a demarcação de terras indígenas, visto que, esse direito está garantido na Constituição de 1988 que rege o país até hoje, deve-se tratar isso como prioridade, pois assim, já assegura a preservação da cultura e a liberdade dos povos. Além disso, para se evitar o genocídio, a polícia federal deve agir fortemente em zonas que há tribos indígenas, impedindo que haja, além do genocídio, a exploração desses povos, como ocorreu com a tribo Guarani-Kaiowá.