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Enviada em: 29/05/2019

A primeira geração romântica no Brasil, intitulada indianista, buscava a construção de uma identidade para um país recém-independente usando o índio como herói nacional. No entanto, mesmo após o destaque recebido nessa fase, os índios ainda não possuem seus direitos respeitados dentro da sociedade atual. É imprescindível mudar essa realidade.    Primeiramente, observa-se que apesar da extrema contribuição indígena para a cultura e história do Brasil, eles ainda não são reconhecidos como tal. Segundo o sociólogo francês Durkheim, o indivíduo precisa conhecer suas origens para aprender a agir no contexto em que está inserido. Isso mostra que a ignorância acerca de determinado assunto impede que a pessoa o entenda, e consequentemente, o respeite. Deste modo, conhecer da cultura indígena é a única forma de extinguir a perpetuação de preconceitos e estereótipos acerca desse grupo.    Em segundo plano, percebe-se que apesar da Constituição de 1988 garantir o direito as minorias, nota-se os desejos de uma elite dominante prevalecendo. Isso se reflete na história do Brasil, que é marcada por conflitos de interesse desde sua colonização, quando os portugueses dominaram a população nativa para atender aos seus desejos. Com o passar do tempo, essa disputa foi potencializada pela necessidade de produção em larga escala, o que demanda um maior espaço. Diante disso, é preciso criar medidas que vão de encontro com os direitos garantidos pela Constituição.     Em suma, para que os indígenas sejam devidamente respeitados, urge que a Funai, órgão indigenista, monitore atividades ilegais sobre as reservas dos índios. Assim, é preciso que este cobre do poder judiciário punição a qualquer tipo de infração aos direitos indígenas. Além disso, o Ministério da Educação deve tornar obrigatório o ensino da cultura indíge-na nas escolas. Desta forma, será possível alcançar uma realidade em que o índio como herói nacional não se restrinja aos livros.