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Enviada em: 06/06/2019

Os indígenas foram vítimas de um verdadeiro genocídio, que extinguiu etnias, línguas e culturas. Quando os portugueses chegaram ao país havia cerca de cinco milhões de primevos. Hoje, segundo o Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em  2010, eles não passam de 900 mil. Nesse contexto, não há dúvidas de que a valorização do indígena é um desafio no Brasil, infelizmente, devido não só à negligência governamental, mas também ao preconceito da sociedade.         Inicialmente, é válido salientar as conquistas alcançadas pela nação indígena nas últimas décadas. Nesse viés, a Constituição Federal atual, promulgada em 1988, já inclui os primevos como cidadãos brasileiros, sendo assegurados a eles diversos direitos. Convém lembrar ainda que outro avanço realizado em prol dessa nação foi a criação da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e o Estatuto do Índio próprio para defende-los.         No entanto, apesar das conquistas anteriormente citadas terem contribuído para a melhoria de vida da nação indígena, ainda se observa que o grupo em questão é vítima de apagamento cultural. Tristemente, a existência de discriminação contra esses povos é reflexo da desvalorização de sua cultura. Sabe-se notoriamente que na época do Brasil Colônia os jesuítas proibiram eles de estabelecerem comunicação em suas línguas e os obrigava a portar um comportamento português daquele período. Outrossim, é a falta de conhecimento da sociedade não indígena sobre seus costumes, línguas e crenças, visto que, as aulas ministradas nas escolas sobre o tema mostrar-se insuficiente.         Dessa forma, nota-se que o apagamento cultural dos indígenas é uma questão não elucidada e que, por isso necessita de intervenção efetiva. Como medida de contensão ao costumeiro desrespeito e à persistência da violência contra os primevos é preciso que o Ministério da Educação (MEC) invista em ações efetivas de intervenção. Logo, isso pode ser realizado através da educação. Assim o MEC poderia desenvolver projetos nacionais sobre indigenismo que seriam aplicados nas salas de aula por meio da construção e distribuição de material didático específico sobre o tema, com cartilhas informativas sobre as populações nativas do país. Projetos a serem promovidos com regularidades e para isso devem constar no calendário anual de todas as escolas do país. Somente assim, valorizar-se-á a cultura da nação indígena.