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Enviada em: 06/06/2019

O Romantismo, na sua fase Indianista, retrata de forma heroica, o índio no Brasil. Entretanto, no contexto atual, a sociedade brasileira o enxerga e o trata de outra forma, uma vez que o índio ainda é visto com a mesma visão dos portugueses no período da colonização, isto é, como um povo sem civilização. Diante dessa realidade, faz-se preciso reexaminar o tratamento com essa parte da população, levando em consideração que é uma das etnias formadoras da identidade e cultura brasileira.   Em primeiro lugar, o desrespeito contra esses aborígenes é tão significativo, que os interesses da bancada ruralista no Congresso Nacional são priorizados e grandes latifundiários expandem suas terras e invadem propriedades indígenas. Como exemplo, há o caso da Usina de Belo Monte, onde a construção afeta diretamente a moradia de grupos indígenas e populações ribeirinhas, o que acaba acirrando as disputas de terras e contribuindo para dizimação desses povos.   Ademais, como exemplo da desvalorização cultural, as escolas apresentam sua cultura como uma parte do folclore nacional e negligenciam a chegada da educação formal ás aldeias, tratando-os, assim, como não civilizados, o que aumentou um desvalorização e uma visão errônea da sociedade sobre esses grupos. Para ilustrar, há a imposição da língua portuguesa como oficial sobre os dialetos indígenas.   Em suma, pode-se dizer que o índio no Brasil, hoje, é tratado de forma contrária ao tratamento dos poetas românticos, ou seja, com grande descaso. Devido a isso, medidas para minimizar esta forma de tratamento devem ser adotadas. Cabe ao Governo, financiar orgãos como a FUNAI, para ajudar na demarcação de terras e proteção aos povos indígenas, garantindo assim os direitos constitucionais e punindo aqueles que vão contra. Somado a isso, a Escola deve dar aplicabilidade a Lei n° 10.639 que obrigada a inserção da cultura indígena nos currículos escolares a fim de garantir um necessário reconhecimento a um dos formadores da identidade brasileira.