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Enviada em: 07/06/2019

De acordo com Émile Durkheim, a interdependência social é como a solidariedade orgânica, na qual a unidade não é posta em causa já que o organismo deve operar em conjunto para o bem de todos. Por analogia, o descaso com a vida e a cultura dos indígenas é algo que tolhe a plena vitalidade do corpo social brasileiro. Nesse viés, dois pontos devem ser analisados: violência e segurança.       Em primeiro lugar, a invasão dos territórios demarcados é uma das causas dos litígios entre os índios e os invasores. Conforme o jornal O Globo, a mineração e a expansão agrícola são grandes rivais dos nativos. Isso, porque muitas vezes a exploração acontece em regiões habitadas por autóctones, o que causa indignação nesse povo. Com isso, muitos conflitos pela região acabam em morte e violência física.       Em segundo lugar, cabe citar o imperativo categórico de Immanuel Kant, o qual diz que as instituições humanas  devem proceder de tal forma que suas ações possam ser leis universais. Por outro lado, a recente transferência do papel de demarcar territórios indígenas para o Ministério da Agricultura, não condiz com a máxima kantiana. Pois, tal ato subordina essa minoria social aos caprichos do agronegócio. Ou seja, dificilmente os responsáveis pelas explorações irão aprovar a marcação em terras com potencial econômico.       É mister, portanto, que a Fundação Nacional do Índio, vinculada ao Ministério da justiça, intensifique armada nos limítrofes dessas terras, a fim de intermediar as divergências entre as partes interessadas. Essa medida reduzirá drasticamente o índice de violência nesses limites territoriais. Ademais, é imprescindível que o Presidente da República reconsidere a mudança do Ministério encarregado pelo processo de demarcação. Isto é, que devolva tal incumbência para a FUNAI, isso tornará  a problemática mais parcial e irá proteger a integridade física e cultural do maior símbolo nacional, o índio.