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Enviada em: 18/06/2019

Nos primeiros anos de colonização portuguesa, no Brasil, a literatura tinha como um dos principais objetivos a conversão dos índios para o catolicismo, violando o direito destes de livre escolha. Entretanto, o desrespeito a cultura indígena não cessou com o decorrer dos séculos e impede o bem-estar social dos índios no Brasil contemporâneo.  Deve-se pontuar, de início, a dificuldade de defesa dos interesses dos povos indígenas. Relacionado a essa questão, no século XIX, ainda no Brasil Império, a Lei de Terras, ao promover a posse de terreno apenas por intermédio do dinheiro, desconsiderou o direito dos indígenas ao seu lar de origem, apropriando-se das terras dos primeiros brasileiros. Atualmente, os povos indígenas persistem marginalizados, como exemplo, na construção da Usina de Belo Monte na reserva indígena do Xingu, causando inúmeros transtornos para os índios.  Vale ressaltar, também, a visão distorcida quanto aos costumes indígenas. Sobre isso, a música da cantora Xuxa é um exemplo clássico: “pego meu arco e flecha, minha canoa e vou pescar”. Logo, é notável um entendimento unificado e simplificado de mais de 300 etnias indígenas que empobrecem a visão brasileira quanto à realidade destes povos e contribui para sua marginalização, criando, assim, um estereótipo do que viria a ser um índio.     Dessa forma, portanto, faz-se necessário a resolução desse impasse. Para isso, o Ministério do Meio Ambiente deve compreender os interesses indígenas, principalmente quanto às reservas, através da visita do ministro a algumas tribos e estabelecendo, assim, um diálogo produtivo para ambos os lados. Ademais, a mídia e a federação brasileira, por meio de workshops, palestras e publicidade, devem aproximar a sociedade da cultura indígena a fim de que esse grupo deixe de ser marginalizado.