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Enviada em: 27/06/2019

A primeira geração do romantismo brasileiro,conhecida como indianista e nacionalista,retratou o índio,como uma figura heroica e idealizada no seus poemas.No entanto,ao observar a questão indígena no Brasil contemporâneo,percebe-se um descaso total com estas populações.Nesse contexto,torna-se evidente a falta de representatividade,bem como a influência da elite agrária na política    Primeiramente, é necessário compreender como a falta de lideranças indígenas na política contribuí para este problema.Segundo o Tribunal  Superior Eleitoral(TSE),apenas 0,34% dos candidatos eram indígenas.Além disso,por eles serem contrários,por muitas vezes,aos interesses das grandes empresas e latifundiários não conseguem apoio financeiro,logo,dificultando ainda mais suas candidaturas.Por conseguinte,os interesses da população indígena no Brasil não são pensados na formação das leis.     Em segundo lugar,esta falta de representatividade associada ao poder dos grandes empresários do campo na política agrava ainda mais a situação atual.Já que,a agricultura é a atividade economicamente mais importante para o Brasil,os grandes latifundiários exercem um enorme poder no Legislativo e no Executivo.Como,por exemplo,o presidente Jair Bolsonaro tentou retirar a demarcação das terras indígenas da Fundação Nacional do Índio(Funai),para que o Ministério da Agricultura exercesse essa função.Portanto,percebe-se que a agricultura,por muitas vezes,se sobrepõe aos índios.     Em síntese,é necessário medidas para a amenização do quadro atual.Urge que o congresso nacional com o TSE,por meio de mudanças eleitorais,  garanta representação indígena na política.É necessário que uma parte dos cargos políticos sejam reservados para apenas que os índios possam ocupá-los,a fim de garantir que seus interesses vão ser ouvidos.Assim,será possível que a valorização presente no romantismo possa ser retomado pela sociedade atual.