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Enviada em: 01/07/2019

A consolidação das democracias ocidentais, durante todo o século XX, tinha como um dos seus pilares a promoção da igualdade social entre os indivíduos. Contudo, vê-se que diversos grupos continuam marginalizados, como por exemplo os indígenas. Nesse sentido, a conjuntura histórica e governamental são relevantes para pautar causas e efeitos da problemática em questão.       Em primeiro plano, nota-se que desde o Período Colonial os índios eram vistos como inferiores, pois a simplicidade com que vivam contrastava com o luxo europeu. Desse modo, a sociedade foi se desenvolvendo com o preconceito enraizado, contrariando o Princípio da Ética de Immanuel Kant. Segundo o sociólogo, a ética é agir de forma que as ações possam ser uma prática universal. Entretanto, a desigualdade distância os nativos em áreas como: política, mercado de trabalho e educação.       Outrossim, é notório que o Estado também corrobora com a atual situação dos ameríndios. Nessa perspectiva, a falta de ações afirmativas e a busca, constante, por crescimento industrial dificulta ainda mais a inclusão dessa parcela populacional. Isso porque, as grandes construções, como é o caso da Usina de Belo Monte na região Amazônica,desaloja muitos grupos indígenas. Assim, a inversão de valores do Poder Público gera um desordem social, haja vista que os indivíduos perdem moradia, área de trabalho e identidade cultural.       Evidencia-se, portanto, a necessidade de que a mídia, por meio de propagandas engajadas, veicule a importância de incluir os nativos e respeitar suas tradições , para que assim eles possam ter mais espaço socialmente.  Desse modo, a influência midiática será positiva, e estará cumprindo seu papel comunitário. Ademais, é preciso um investimento governamental em políticas que valorizem os índios, a fim de gerar mais oportunidades e diminuir as ações de grande impacto negativo às comunidades.