Enviada em: 30/06/2019

A obra indianista ''Iracema'' do autor brasileiro José de Alencar, ilustra o amor entre uma índia e um português. No romance, a indígena é retratada com inúmeros adjetivos e sua relação com a natureza intensificada. Fora da ficção, essa valorização da comunidade indígena não é encontrada, visto que suas terras são constantemente invadidas para fins de exploração, gerando conflitos e a morte de nativos.     Primordialmente, desde a colonização brasileira, iniciada a partir de 1530 com a exploração do pau-brasil, as terras indígenas são desmatadas com o intuito de gerar produtos e lucros. Atualmente, as comunidades indígenas estão localizados em áreas férteis, com grandes rios e lagos, sendo utilizados como preservação ambiental. Todavia, essas terras são constantemente invadidas por madeireiros, pecuaristas e principalmente, agroprodutores que usam a o local para a produção de soja. A exemplo, a floresta Amazônica, que é explorada pela agroprodução, assim como, a Mata Atlântica foi explorada para gerar pau-brasil no século XVI.     Outrossim, há conflitos gerados nas conquistas dessas terras que consequentemente, culminam na morte desses indígenas. De acordo com o filósofo do romantismo alemão, Schopenhauer, a essência do ser humano é a vontade, sendo ela mais forte que o racional. Analogamente, o desejo dos produtores de possuir a terra é maior que sua racionalidade, pois ignoram as consequências ambientas e principalmente, a morte de indígenas inocentes, já que visam apenas o lucro e a produção.     Em suma, para que as terras sejam protegidas e as vidas indígenas poupadas, cabe ao Ministério do Meio Ambiente aumentar a fiscalização nesses locais, por meio da polícia ambiental para fornecer segurança e proteção. Ademais, cabe a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) junto ao Legislativo formular leis visando os direitos indígenas, para reforçar as penas dos invasores, aumentando a multa e se necessário, a reclusão. Com isso, a comunidade indígena será reconectada com a natureza e será valorizada, assim como fez José de Alencar em sua obra ''Iracema''.