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Enviada em: 04/07/2019

No século XV, pontualmente no ano 1500, os portugueses chegaram ao litoral das terras brasileiras, declarando-as território português. Mas, já existiam habitantes nessas terras, os índios, com suas respectivas culturas que foram obrigadas a serem moldadas em decorrência dos portugueses colonizadores não enxergarem a cultura indígena, já que naquela visão etnocêntrica a única cultura capaz de existir era a europeia. Assim, ocorreu o rompimento da evolução cultural indígena, que a partir daquele momento passou a ser influenciada, praticamente de forma obrigatória e alienada, pelos costumes culturais europeus. E, atualmente, as etnias indígenas ainda sofrem constantes ameaças que afetam sua cultura, tornando a questão indígena brasileira um fator contemporâneo com características ainda enraizadas no período colonial.        Por conseguinte, devido ao fato da colonização ter rompido o desenvolvimento indígena, desde a Constituição Federal de 1988, as terras indígenas passaram a ser patrimônio do país. Ou seja, apesar de pertencerem ao Estado brasileiro, podem e devem ser usadas pelos índios que ali habitarem. Esta é uma forma de defender os índios dos decorrentes ataques que sofrem, de invasores com documentação falsa que se denominam proprietários das terras. Porém, somente a demarcação das terras não tem sido suficiente, visto que a Plataforma Caci (Cartografia de Ataques Contra Indígenas) mapeou mais de 1000 assassinatos de indígenas nas últimas três décadas.       Ademais, sabe-se que os europeus, no período colonial, foram responsáveis pela morte de muitos índios, devido ao trabalho forçado (escambo) e, principalmente, em decorrência das doenças oriundas da Europa, como a rubéola, responsáveis pela morte de muitos índios brasileiros. Atualmente, existem 305 etnias indígenas residindo no Brasil, que sobreviveram a todos os ataques externos até os dias atuais, mas caso medidas protetivas não sejam implantadas, este número pode continuar a diminuir visto que os assassinatos mapeados pela Caci, plataforma citada anteriormente, são uma nova ameaça de dizimação que substitui os fatores ocorridos no período colonial.        Portanto, para que os índios e sua cultura continuem a abrilhantar a diversidade cultural brasileira, o Estado pode intervir de forma preventiva, tornando a segurança dos territórios indígenas mais reforçadas, encaixando seguranças nos limites territoriais e, assim, mantendo a segurança das famílias indígenas. Paralelamente, para a ação anterior tornar-se apenas temporária, e os indígenas possam viver livremente, o Estado deve organizar palestras e reuniões públicas, para todas as idades, explicando o papel do indígena na sociedade e cultura brasileira, além da necessidade de protegê-los e respeitá-los, construindo uma nova sociedade respeitadora e defensora do indígena e seus direitos.