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Enviada em: 10/07/2019

Desde os primeiros contatos das populações indígenas com invasores europeus - e depois, à partir de meados do século XVI, colonizadores - no território nacional, grupos indígenas vêm sofrendo sistematicamente violência, desrespeito, preconceito e expulsão de suas terras. Embora a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 231, garanta aos povos indígenas seus direitos, a ineficiência estatal aliada a interesses de grupos econômicos - principalmente do agronegócio - levam ao desrespeito a esses direitos e à ameaça a sobrevivência cultural e física desses grupos.       Reféns de uma nação que continuamente desconhece a magnitude e a importância das diversas culturas e etnias indígenas presentes no território nacional, cidadãos indígenas sofrem de diversos preconceitos. Desde a visão de que o índio é preguiçoso até a crença generalizada de que sua cultura é pobre e de importância secundária dentro da fortuna cultural brasileira. A inclusão do índio na totalidade da sociedade brasileira é fundamental rumo a uma nação verdadeiramente digna.       Ainda que a nossa Constituição Federal garanta os direitos indígenas - como explicitado acima -, os meios de que dispõe o poder estatal para garanti-los são ineficientes: falta de pessoal, de recursos, de regulamentação. Em adição a isso, poderosos grupos econômicos - como mineradoras e o agronegócio - continuamente fazem lobby e invadem territórios indígenas, já regulamentados ou não, o que resulta em violentos conflitos que chegam a levar à expulsão e até a morte de indivíduos.       Dado o exposto, é mister que o Estado - através do órgão responsável: a FUNAI - realize um estudo mais profundo do território indígena para que possa, assim, garantir a demarcação e defesa destas terras e populações. Aliado a isso, é importante a educação e atualização dos servidores da FUNAI para um melhor atendimento a estas populações por parte dessa Fundação. Garantindo, desse modo, que a nossa Constituição Federal, em seu artigo 231, seja respeitada.