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Enviada em: 24/07/2019

A primeira fase do romantismo no Brasil é marcada pela busca da identidade nacional, com isso o Índio assume o protagonismo de herói. Século após, a herança cultural deixada pelos colonos perpetua-se no país, e o que seria o "paladino brasileiro" ainda sofre com a manutenção de valores e falta de acesso à terra que precisam ser combatidos.  Em primeiro lugar, é preciso compreender a herança histórica que tem colocado em risco as populações indígenas. O processo de colonização, desde o princípio,  foi marcado pelo desrespeito e eurocentrismo contra os nativos. Para se ter ideia, na histórica carta do escrivão Pero Vaz de Caminha é atribuído a Coroa Portuguesa o papel de "salvar esta gente".  Por conseguinte, os estereótipos acerca dos autóctones se consolidaram. Para ser ter ideia, na sociologia de Comteana essas sociedades são chamadas de fictícias e só alcançariam o progresso evoluindo para o estágio positivo (nos padrões europeus). Desse modo, a cultura, hábito e crenças desses povos ainda são tratadas com desprezo e irrelevância.  Associado à isso, o avanço da agricultura e a busca excessiva pelo progresso os colocam ainda mais em situação de vulnerabilidade. Isso ocorre porque eles possuem uma estreita relação com a terra, desde traços culturais a religiosos, ela é fundamental para manutenção dessas populações. Desse modo, projetos como a PEC 215 dificultam o direito à terra que eles possuem desde 1973 pelo Estatuto do Índio. Fica claro, portanto, que é preciso romper com a herança européia e assegurar aos Índios direitos fundamentais. Logo, o Governo Federal, em parceria com a Funai, deve assegurar que a lei de 73 seja cumprida por meio do aumento da demarcação de terras indígenas, mobilizando o Congresso para votar pautas favoráveis nesse processo. Ademais, é necessário proteger essas terras, a capacitação adequada do Exército para esse fim pode auxiliar nesse processo, principalmente em regiões como o norte do país, evitando assim conflitos comuns naquela região.