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Enviada em: 12/03/2017

O número de portadores de necessidades especiais representa uma parcela significativa da população brasileira. Dessa forma, à luz do pensamento do filósofo Immanuel Kant, garantir uma educação de qualidade é imprescindível para a construção de uma sociedade moralmente mais evoluída, além de igualar as oportunidades e aumentar as potencialidades da mesma. Mesmo com o acesso de estudantes deficientes ao ensino regular já sendo estabelecido por lei, a infraestrutura inadequada e a falta de preparo profissional representam uma barreira para a educação inclusiva.          Ainda existem muitas irregularidades na estrutura física das escolas, obras mal planejadas e inacabadas que, ao invés de ajudar na inclusão do aluno, promovem a exclusão desse do meio de aprendizado. A exemplo disso, tem-se o caso de uma escola pública no Ceará que gastou cinquenta mil reais na construção de um elevador que não leva a lugar algum.         Ademais, muitos profissionais não estão aptos para lidar com tais situações devido à falta de formação inicial e continuada sobre o que é inclusão e como trabalhar com ela. A irregularidade no cumprimento da lei, que garante que cada aluno com necessidades especiais seja acompanhado por um cuidador durante o ano letivo, faz com que esse seja apenas aceito no ambiente escolar, e não incluído de fato. Já que ele se torna um mero espectador das atividades e não possui a chance de participar ativamente dessas.             Portanto, para gerar uma melhoria na realidade da escola inclusiva e criar uma sociedade mais igualitária, democrática e moralmente evoluída, o Ministério da Educação pode investir profundamente na formação inicial e continuada do professor, a fim de prepará-lo melhor para trabalhar com casos de inclusão, propiciando uma verdadeira interação entre o aluno e o meio escolar. A Secretaria da Educação pode aumentar o número de fiscalizações nas escolas de modo a corrigir e sanar qualquer irregularidade, tanto na estrutura escolar quanto na sala de aula.