Materiais:
Enviada em: 19/04/2017

É possível afirmar que a inclusão escolar de pessoas portadores de necessidades especiais no Brasil ainda é insatisfatória, haja vista não bastar instalá-las em uma instituição de ensino e dizê-las inclusas ou direcioná-las às instituições de educação voltadas às pessoas com "deficiência".        Em civilizações antigas como a de Esparta, uma criança poderia crescer e se desenvolver desde que não nascesse com alguma anormalidade física. Isso porque a sociedade queria criar guerreiros fortes, preparados para batalhar. Para quem nascia "diferente"  não haviam adaptações ou exceções, o destino era a morte. A inclusão existe na sociedade contemporânea hoje, mas, particularmente, no que tange às redes de ensino, observa-se uma carência em sua eficácia quanto se trata de levar ao aluno o real alcance do conteúdo didático. As "adaptações" na logística, no conhecimento empregado e no tratamento oferecido, do porteiro ao diretor, fazem-se necessárias. É incoerente, por exemplo, ceder uma carteira a alguém numa sala de aula e dizê-la inclusa se não houver um acompanhamento preciso de seu rendimento.       Se por um lado é prejudicial fazer a inserção de um indivíduo no ambiente escolar sem lhe oferecer o suporte necessário, mais ainda o é retirá-lo para outro local especializado em receber portadores de necessidades especiais. Isso interrompe o desenvolvimento de sua socialização com outros isentos das mesmas limitações, além de fazer o preconceito e a discriminação ganharem proporções maiores.          Os alunos que apresentam uma condição especial são instalados em redes de ensino sem acompanhamento e não são inclusos de forma plena, portanto, levá-los para instituições de ensino especializado se torna um agravante à falta de socialização e aumento de discriminação. Nesse sentido, é imprescindível que as secretarias de educação promovam a capacitação do ensino regular o deixando apto a receber todos os tipos de alunos. De certo, teremos um sistema educacional mais equânime a todos.