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Enviada em: 25/10/2017

Na sociedade Espartana, os indivíduos portadores de algum tipo de deficiência eram sacrificados fisicamente. Infelizmente, a realidade da sociedade atual não difere muito desse contexto: não há sacrifício físico, mas moral e social, visto que é difícil haver uma escola com boa estruturação, gerando, como consequência, um sentimento de preconceito e indiferença da população acerca das pessoas deficientes.       Apesar da Constituição de 1988 prever o direito ao acesso à educação a todos, nota-se uma exclusão sofrida pela minoria deficiente. Inclusive, um dos fatores que impedem a inclusão efetiva é a falta de infraestrutura nas escolas. A exemplo disso está o fato de que, segundo o MEC, somente 43% das escolas públicas que têm alunos deficientes possuem salas multifuncionais, as quais garantiriam uma melhor adaptação desses indivíduos. Além disso, a falta de profissionais qualificados agrava tal problema, visto que somam apenas 60 mil para atender mais de 1,5 milhões de estudantes, de acordo com o Censo Escolar de 2010.       Como consequência desse fato está o preconceito relacionado com os menos favorecidos. A seleção natural de Darwin limitava-se apenas ao âmbito físico. A sociedade, porém, seleciona moral e socialmente seus diferentes. Segundo a médica Izabel Loureiro Maior, uma das palestrantes do seminário Acessibilidade e Inclusão, isso resulta da falta de informação sobre esse grupo, causada justamente pela ausência de preparo de entidades responsáveis pelo trabalho de socialização e inclusão dos mesmos.     Diante dos fatos supracitados, nota-se que a questão da inclusão ainda é um desafio no meio educacional brasileiro. Portanto, o Ministério da Educação deve, por meio de parcerias com empresas privadas especializadas, investir na instalação de novos materiais e estruturas adaptadas (salas multifuncionais), para uma maior acessibilidade, além de investir, também, na preparação do corpo docente, a fim de evitar a marginalização dos deficientes e garantir uma sociedade democrática.