Meu filho também pode A inclusão de pessoas com deficiência nos diversos seguimentos sociais tem sido tema recorrente em discussões e debates. As políticas públicas voltadas para esses cidadãos são bem elaboradas pelo poder Legislativo. Porém, a real efetividade dessas leis não tem ocorrido. A Escola Inclusiva é um bom exemplo disso no Brasil. Recentemente foi aprovada a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoas com Deficiências, que garante condições de acesso à educação e saúde. Essa é uma tentativa de viabilizar que crianças diagnosticadas com alguma necessidade especial tenham a chance de estudar. Porém, a maioria das escolas brasileiras não possui estrutura física para receber esses alunos. Uma realidade que afeta tanto escolas públicas quanto particulares. No ano de 2016 foi noticiado pelo programa Fantástico a investigação de uma escola particular que se recusou a matricular uma menina com deficiências físicas. A escola justificou que não tinha mais vagas, o que foi provado ser uma mentira. Assim, a mãe da menina, buscando a efetivação dos direitos, recorreu às autoridades locais que prontamente notificaram a instituição para que se adequasse à nova realidade legislativa. Nesse diapasão, é necessário refletir o grau de necessidade que um deficiente físico possui para se adaptar ao ambiente escolar. Dessa forma, a instituição poderá identificar os pontos-chave para implementar seus recursos pedagógicos, estruturais e profissionais. Assim, esses locais estarão preparados para atender as demandas sociais recorrentes. Diante dos argumentos apresentados, conclui-se que não basta que esse tema seja discutido, mas sim efetivado e fiscalizado pelas autoridades. Uma forma de melhorar esse quadro é através do projeto Meu Filho Também Pode. Consiste em conscientizar os pais dos direitos que amparam sua prole. As famílias participarão das reuniões que ocorrerão semestralmente. Lá aprenderão como cobrar dos políticos os investimentos necessários para adaptar as escolas e contratar profissionais qualificados.