Enviada em: 22/06/2018

A violência no Brasil é um dos principais problemas enfrentado pelas autoridades políticas. Logo, uma questão está em pauta: a redução da maioridade penal para amenizar essa situação na segurança. Em relação a isso, discute-se como o aliciamento e como o sistema sócio-educativo influenciam os jovens a entrarem no mundo do crime.       A partir da elevada criminalidade presente em todo território nacional, podem-se apontar as principais causas que levam alguns cidadãos brasileiros, menores de idade, a ingressarem no banditismo. Uma delas é a condição de extrema vulnerabilidade social em que vivem esses rapazes. Segundo dados do Ministério da Justiça, 63% das internações são por roubo e por tráfico de drogas. Isso ocorre - principalmente - pelo aliciamento de jovens por parte criminosos que vivem na mesma região que os garotos. Estes são facilmente atraídos por elevados salários semanais que, provavelmente, nunca terão oportunidade de receber a mesma quantia trabalhando formalmente, além de receberem todo suporte jurídico e financeiro - caso sejam detidos.       Consequentemente, acredita-se que reduzindo a maioridade penal de 18 anos para 16 anos diminuiria a criminalidade. Entretanto, isso é ilusório - já que enfrentaríamos grandes entraves. Um deles é a superlotação das penitenciárias brasileiras, portanto não teríamos onde colocar esses jovens infratores e - mesmo que tivesse vaga - estaríamos os colocando em contato com facções, aumentando as chances de reincidência. Outro fator preponderante são as fundações de atendimento sócio-educativas, que deveriam ajudar esses delinquentes a mudarem de vida, porém - em muitos casos - são mal-tratados, levando-os a se rebelarem contra o sistema, devido ao tratamento que receberam.       Diante disso, é evidente que diminuir a maioridade penal não reduzirá a criminalidade no Brasil. Para isso, é necessário que o governo estimule esses jovens a optarem pelo caminho da educação, por meio de projetos sociais, dando a devida atenção para essa população carente.