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Enviada em: 01/10/2018

Na perspectiva de Nelson Mandela, vencedor do Prêmio Nobel da Paz e ex-presidente da África do Sul, "A educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo". Ou seja, a proposta que visa ao ajuste na idade penal mostra-se como uma solução pouco eficiente, e deixa explícito seu caráter retrógrado e nocivo para com a sociedade brasileira.         Em primeira instância, cabe ratificar o caos que caracteriza o sistema prisional brasileiro, haja vista que dados da (BBC) Brasil de 2018 confirmam desde a superlotação até o descaso para com os privados de liberdade. Nesse sentido, uma possível redução na maioridade penal significaria potencializar a crise carcerária, além de comprometer as tentativas de ressocialização do menor infrator; um equívoco capaz de impactar negativamente vários setores sociais.         Sob esse viés, é indubitável o poder educacional na transformação do cidadão perante a ética social, pois promove a prevenção ao crime, logo, reduzindo a necessidade do castigo. Tal conjuntura é de vital indispensabilidade, uma vez que, consoante ao filósofo Confúcio, "Não resolver nossas falhas significa cometer novos erros". Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário evitar um maior colapso no que tange ao sistema carcerário e à reintegração de jovens infratores. Urge, portanto, que o Poder Público, em consonância com o (MEC), viabilize a construção do maior número possível de colégios em período integral e com incentivo profissionalizante, oferecendo bolsas e oportunidades de emprego, principalmente ao cidadão periférico. Dessa forma, a arma de Nelson Mandela atuará como principal agente redutor da incidência de menores no crime, dispensando, aos poucos, qualquer medida de redução da maioridade penal.